Viés de confirmação em ciências criminais

Autores

  • Lucas Minorelli

Palavras-chave:

metodologia jurídica, metodologia científica, viés de confirmação

Referências

AEBI, Marcelo F. Crítica da criminologia crítica: uma leitura cética de Baratta. Tradução: Lucas Minorelli. In: AEBI, Marcelo F.; MINORELLI, Lucas (Org.). Críticas à criminologia crítica. Belo Horizonte: D’Plácido, 2023. p. 17-75.

AEBI, Marcelo F. Refutações sofístico-criminológicas: um epílogo na perspectiva latino-americana do debate sobre a criminologia crítica marxista. Tradução: Lucas Minorelli. In: AEBI, Marcelo F.; MINORELLI, Lucas (Org.). Críticas à criminologia crítica. Belo Horizonte: D’Plácido, 2023. p. 127-245.

ALBERT, Hans. O direito à luz do racionalismo crítico. Tradução: Günther Maluschke. Brasília: Universa, 2013.

BEDÊ, Fayga Silveira; SOUSA, Robson Sabino de. Por que a área do direito não tem cultura de pesquisa de campo no Brasil? Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, v. 8, n. 1, p. 781-796, 2018. DOI: 10.5102/rbpp.v8i1.4944.

BOGHOSSIAN, Paul. Fear of knowledge. Against relativism and constructivism. Oxford: Clarendon Press, 2006. (= Medo do conhecimento: contra o relativismo e o construtivismo. São Paulo: Editora Senac, 2012.)

BORDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução: Egon de Oliveira Rangel. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

CHOMSKY, Noam. La responsabilidad de los intelectuales. Tradução: Jorge Promio. Buenos Aires: Galerna, 1969.

CRUZ, Carlos Willian da; LECHENAKOSKI, Bryan Bueno. A necessidade do juiz das garantias e a exclusão do inquérito policial da fase processual: a superação do neoinquisitorialismo processual penal brasileiro. Academia de Direito, [s.l.], v. 4, p. 1146-1167, 2022. DOI: 10.24302/acaddir.v4.4021.

DANIEL, Jean. L’ere des ruptures. Paris: Grasset, 1979.

DE-LORENZI, Felipe da Costa. Justiça negociada e fundamentos do direito penal: pressupostos e limites materiais para os acordos sobre a sentença. São Paulo: Marcial Pons, 2020.

DE-LORENZI, Felipe da Costa; CEOLIN, Guilherme Francisco. O processo penal busca a verdade, mas não a qualquer custo: os novos caminhos para uma antiga controvérsia. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, a. 29, v. 177, p. 71-132, 2021.

DUARTE, José L. e colaboradores. Political diversity will improve social psychological science. Behavioral and Brain Sciences, [s.l.], v. 38, e130, 2015. DOI: 10.1017/S0140525X14000430.

DUBBER, Markus D. The dual penal state: the crisis of criminal law in comparative- historical perspective. New York: Oxford University Press, 2018.

FEYERABEND, Paul. Contra o método. Tradução: Octanny S. da Mota e Leonidas Hegenberg. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.

FRIEDRICH, James. Primary error detection and minimization (PEDMIN) strategies in social cognition: a reinterpretation of confirmation bias phenomena. Psychological Review, [s.l.], v. 100, n. 2, p. 298-319, 1993. DOI: 10.1037/0033-295X.100.2.298.

GÄRDITZ, Klaus Ferdinand. Strafrechtslehre als Wissenschaft? Betrachtungen aus der Perspektive des Wissenschaftsrechts. Zeitschrift für Internationale Strafrechtsdogmatik, Gießen, v. 16, n. 7/8, p. 413-419, 2021. Disponível em: http://www.zis-online.com/dat/artikel/2021_7-8_1448.pdf. Acesso em: 11 nov. 2024.

GARRIDO, Vicente Javier; STANGELAND, Per; REDONDO, Santiago. Principios de criminología. Valencia: Tirant lo Blanch, 1999.

GRACIA MARTÍN, Luis. O finalismo como método sintético real-normativo para a construção da teoria da responsabilidade penal. Tradução: Érika Mendes de Carvalho. In: GRACIA MARTÍN, Luis. O horizonte do finalismo e o direito penal do inimigo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.

GRECO, Luís. Introdução à dogmática funcionalista do delito – Em comemoração aos trinta anos de “Política criminal e sistema jurídico-penal” de Roxin. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 32, p. 120-163, 2000.

GRECO, Luís. Um panorama da teoria da imputação objetiva. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.

HAACK, Susan. Diga “não” ao negativismo lógico. Tradução: Eli Vieira. [s.l.]: Liga Humanista Secular do Brasil, 2014. Disponível em: https://lihs.org.br/wp-content/uploads/2014/06/Haack_Negativismo_Logico_LiHS_2014.pdf. Acesso em: 11 nov. 2024.

HAACK, Susan. Resolvendo o quebra-cabeça da ciência. In: HAACK, Susan. Manifesto de uma moderada apaixonada: ensaios contra a moda irracionalista. Tradução: Rachel Herdy. Rio de Janeiro: PUC-Rio/Loyola, 2011. p. 159-175.

HAIDT, Jonathan. The emotional dog and its rational tail: a social intuitionist approach to moral judgment. Psychological Review, [s.l.], v. 108, n. 4, p. 814-834, 2001. DOI: 10.1037/0033-295x.108.4.814.

HAIDT, Jonathan. The righteous mind: why good people are divided by politics and religion. [s.l.]: Pantheon Books, 2012.

HANSSON, Sven Ove. Defining pseudoscience and science. In: PIGLIUCCI, Massimo; BOUDRY, Maarten (Org.). Philosophy of pseudoscience: reconsidering the demarcation problem. Chicago: The University of Chicago Press, 2013. p. 61-78.

KAHNEMAN, Daniel. Rápido e devagar: duas formas de pensar. Tradução: Cássio Arantes Leite. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

KAUFMANN, Armin. Lebendiges und Totes in Bindings Normentheorie. Normlogik und moderne Strafrechtsdogmatik. Göttingen: Schwartz, 1954.

KUHN, Thomas S. The structure of scientific revolutions. 2. ed. Chicago: University of Chicago Press, 1970. (= A estrutura das revoluções científicas. 8. ed. Tradução: Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira. São Paulo: Perspectiva, 2003.)

KUNDA, Ziva. The case for motivated reasoning. Psychological Bulletin, [s.l.], v. 108, n. 3, p. 480-498, 1990. DOI: 10.1037/0033-2909.108.3.480.

LEWIS, Clive Staples. O círculo íntimo. In: LEWIS, Clive Staples. O peso da glória. Tradução: Estevan F. Kirschiner. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017. p. 139-154.

MacCOUN, Robert. J. Biases in the interpretation and use of research results. Annual Review of Psychology, [s.l.], v. 49, p. 259-287, 1998. DOI: 10.1146/annurev.psych.49.1.259.

MATSUZAWA, Shin; NUOTIO, Kimmo. Methodology of Criminal Law Theory: Art, Politics or Science? Baden-Baden: Nomos Verlag, 2021.

MERQUIOR, José Guilherme. Michel Foucault: ou o niilismo de cátedra. Tradução: Donaldson M. Garschagen. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

MILL, John Stuart. Sobre a liberdade. Tradução: Ari R. Tank Brito. São Paulo: Hedra, 2010 (1859).

MINORELLI, Lucas. A teoria a serviço da prática mediante análise estruturada de casos (Gutachtenstil): O quê? Por quê? Como? Revista do Instituto de Ciências Penais, Belo Horizonte, v. 8, n. 1, p. 153-182, 2023. DOI: 10.46274/1809-192XRICP2023v8n1p153-182.

MINORELLI, Lucas. Mitos em editoração científica de periódicos jurídicos: a experiência brasileira. De Legibus, Lisboa, n. 8, p. 65-111, 2024. DOI: 10.60543/dlb.vi8.9874.

MINORELLI, Lucas. Resenha de TEIXEIRA NETO, João Alves. Aproximações entre direito penal e filosofia: ensaios e conferências. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2021. Revista do Instituto de Ciências Penais, Belo Horizonte, v. 7, n. 1, p. 231-241, 2022. DOI: 10.46274/1809-192XRICP2022v7n1p231-241.

MONTAIGNE, Michel de. Dos prognósticos. In: MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. Tradução: Sérgio Milliet. São Paulo: Editora 34, 2016 (1580). p. 78-81.

MOTZ, Ryan T.; WRIGHT, John Paul. Confirmation bias. In: BARNES, J. C.; FORDE, David R. (ed.). The Encyclopedia of Research Methods in Criminology and Criminal Justice. [s.l.]: Wiley-Blackwell, v. 1, 2021. p. 370-374.

NEUMANN, Ulfrid. Teoria científica da ciência do direito. Tradução: Manuel Seca de Oliveira. In: KAUFMANN, Arthur; HASSEMER, Winfried (Org.). Introdução à filosofia do direito e à teoria do direito contemporâneas. 2. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2009. p. 463-479.

NOBRE, Marcos. Apontamentos sobre a pesquisa em direito no Brasil. São Paulo: FGV, 2004. Disponível em: https://repositorio.fgv.br/items/15864989-2a84-4f66-9340-ad1ebeff9cce. Acesso em: 11 nov. 2024.

OLIVA, Alberto. Anarquismo e conhecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

OLIVA, Alberto. Teoria do conhecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

PAULA, Bruna Luísa de. Criminologia crítica: raça e classe em perspectiva interseccional. Criminalis, São João del-Rei, v. 2, n. 1, p. 134-163, 2022.

PINKER, Steven. Racionalidade: o que é, por que parece estar em falta, por que é importante. Tradução: Waldéa Barcellos. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2022.

PLANCK, Max. Scientific autobiography and other papers. Tradução: Frank Gaynor. London: Williams & Norgate, 1950.

POPPER, Karl. A lógica da pesquisa científica. Tradução: Leonidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota. São Paulo: Cultrix, 2013.

RITCHIE, Stuart. Science fictions: How fraud, bias, negligence, and hype undermine the search for truth. [s.l.]: Metropolitan Books, 2020.

ROBLES PLANAS, Ricardo. Das Wesen der Strafrechtsdogmatik. Zeitschrift für Internationale Strafrechtsdogmatik, Gießen, v. 5, n. 5, p. 357-365, 2010. Disponível em: http://www.zis-online.com/dat/artikel/2010_5_450.pdf. Acesso em: 11 nov. 2024. (= A identidade da dogmática jurídico-penal. Tradução: Marília Bassetto. In: ROBLES PLANAS, Ricardo. Estudos de dogmática jurídico-penal: fundamentos, teoria do delito e direito penal econômico. Belo Horizonte: D’Plácido, 2016. p. 21-39.)

SCHMIDT, Eberhard. Einführung in die Geschichte der deutschen Strafrechtspflege. 3. Auflage. Göttingen: Vandenhoeck und Ruprecht, 1983.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Tradução: Jair Barboza. São Paulo: Editora Unesp, t. II, 2005.

SÉVILLIA, Jean. O terrorismo intelectual. Tradução: Regina Bracco. São Paulo: Peixoto Neto, 2009.

SILVA, Virgílio Afonso da. Interpretação constitucional e sincretismo metodológico. In: SILVA, Virgílio Afonso da (Org.). Interpretação constitucional. São Paulo: Malheiros, 2005. p. 115-143.

SIMLER, Kevin; HANSON, Robin. The elephant in the brain: Hidden motives in everyday life. [s.l.]: Oxford University Press, 2018.

STUCKENBERG, Carl-Friedrich. Dolo, consciência da ilicitude e teoria do erro. Tradução: Wagner Marteleto Filho. In: STUCKENBERG, Carl-Friedrich; CEOLIN, Guilherme Francisco; MINORELLI, Lucas (Org.). Reflexões sobre o direito e o processo penal. São Paulo: Marcial Pons, 2021. p. 45-85.

SUBER, Peter. The One-Sidedness Fallacy. Earlham College, Richmond, [n.p.], 1998. Disponível em: http://legacy.earlham.edu/~peters/courses/inflogic/onesided.htm. Acesso em: 11 nov. 2024.

TRIVERS, Robert. The elements of a scientific theory of self-deception. Annals of the New York Academy of Sciences, New York, n. 907, p. 114-131, 2000. DOI: 10.1111/j.1749-6632.2000.tb06619.x.

WASHBURN, Anthony N.; MORGAN, G. Scott; SKITKA, Linda. A checklist to facilitate objective hypothesis testing in social psychology research. Behavioral and Brain Sciences, [s.l.], v. 38, e161, 2015. DOI: 10.1017/S0140525X14001435.

Downloads

Publicado

24-05-2025

Como Citar

MINORELLI, L. Viés de confirmação em ciências criminais. Nova Revista de Direito Penal, Belo Horizonte, v. 2, n. 1, p. 88–103, 2025. Disponível em: https://nrdp.org.br/index.php/revista/article/view/45. Acesso em: 28 maio. 2025.

Edição

Seção

Conceitos Fundamentais